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domingo, 4 de dezembro de 2011

Dores no joelho podem ser Condromalácia Patelar


Muitas pessoas costumam reclamar de dores nos joelhos independentemente se estão ou não praticando esportes.
Dúvidas sobre as causas das dores, sobre os exercícios indicados para o problema, sobre o rangido que se ouve ou sente no joelho são comuns.

A causa de tantos desconfortos pode ser inúmera, mas uma causa comum é a condromalácia patelar conhecida mais popularmente como "joelho de corredor". Devido a tantas perguntas sobre o assunto resolvemos colocar aqui uma explicação rápida, com orientações de como proceder com relação ao problema.

A condromálacia patelar é uma doença que se caracteriza basicamente pela fraqueza ou sensação de fricção durante a flexão ou extensão dos joelhos e também pela presença de dor, sintomas esses que podem ser ou não intensos conforme o estágio em que se encontra a doença.

O que ocorre é uma inflamação seguida de amolecimento da cartilagem articular, e que se não tratada logo poderá evoluir e tornar-se grave com incapacidade do joelho. Ela pode ocorrer devido a trauma direto (pancadas) com conseqüente dano condral ou resultado de qualquer condição que interfira com os movimentos patelofemurais normais tais como variações anatômicas anormais.

Tais variações podem ocorrer por desequilíbrio bioquímico do líquido sinovial (líquido que fica dentro da articulação), contato excessivo da patela com o fêmur (osso da coxa), sendo sua maior incidência em mulheres (joelhos desalinhados devido a quadris largos) e jovens adultos.

O encurtamento do quadríceps (músculo da coxa) tanto o posterior quanto na lateral e na panturrilha, um quadril rodado, pé chato ou desalinhamentos patelares (alto, baixo ou rodado), pioram o quadro da condromalácia. Esta lesão é mais comum em mulheres devido ao ângulo do quadril e ocorre prioritariamente devido a aulas de balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc.

A dor é descrita como profunda e localizada e pode ser sentida ao subir e descer escadas, atividades prolongadas como o uso de saltos, após ficar um tempo excessivo com os joelhos flexionados como o ato de manter as pernas cruzadas, e ainda nos movimentos de flexão ou extensão dos joelhos há um barulho como um rangido audível ou sentido com a mão por cima da patela.

O tratamento é simples, o repouso deve ser estimulado, evitando os movimentos que provocam dor como pular, correr e exercícios que provocam a flexão dos joelhos (ciclismo, subir escadas).

O alongamento e fortalecimento dos músculos da região da coxa devem ser realizados de maneira isométrica, pois forçam a patela (osso do joelho) de maneira suave e gradativa e o fortalecimento também dos isquiotibiais, flexores do quadril e abdutores são necessários, estes músculos ficam na coxa e são responsáveis pelo movimento de extensão da perna, do chute, abertura da perna e flexão do quadril.

A crioterapia (tratamento feito com compressas geladas - gelo) também é bastante indicada por ser um tratamento bastante utilizado por médicos e especialistas do esporte com resultados bastante significativos nas reabilitações de lesões, inclusive utilizada na prevenção de lesões.

Os principais efeitos fisiológicos deste tratamento são: redução da dor, diminuição do espasmo muscular estimulando o relaxamento, redução da inflamação, do metabolismo local, da circulação com posterior estimulação, diminuição do edema e do ciclo dor-espasmo-dor.

O tratamento deve ser feito por 30 minutos sendo que, em muitas lesões, 20 minutos são suficientes. O ideal é que nas primeiras 24 horas sejam aplicadas compressas de gelo por meia hora a cada duas horas.

O ideal é que seja feita uma avaliação física precisa baseada em uma anamnese completa para que o profissional possa identificar o grau desta doença para então seguir com os tratamentos. Entretanto a pessoa que for diagnosticada com condromalacia patelar não deve desistir de sua atividade física, pois quando bem empregado o exercício físico pode ser muito importante para contribuir com a melhoria da função muscular.

Fonte consultada:

GEASE - Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios Faculdade de Educação Física da UNICAMP

Por: Vanessa Salvador Marietto

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