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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Por que se ganha peso?


De maneira geral, pode-se dizer que a obesidade e o excesso de peso resultam de um desequilíbrio energético, ou seja, do excesso de aportes calóricos (o que comemos) em relação ao que o organismo gasta. As calorias excedentes são então armazenadas sob forma de gordura nas células adiposas (e se o organismo as guarda em vez de simplesmente utiliza-las, pode-se concluir que é porque isso está inscrito nos nossos genes).

Uma pessoa com excesso de peso seria então uma pessoa sedentária que come demais.
Essa maneira de explicar o ganho de peso é lógica e racional, mas não será simplista demais?

Claro, já que ela só considera a primeira fase (dita “dinâmica”) da obesidade, ou seja, a fase em que esta se constitui. Depois, virá a “estática”, fase em que o peso estabiliza-se, mesmo que o aporte energético tenha sido reduzido. Estudos científicos mostraram que um grande número de pessoas que sofre de obesidade, ou de excesso de peso significativo, come pouco (para emagrecer) e gasta mais calorias do que uma pessoa magra (em razão da massa corporal que elas têm que deslocar). Porém, elas não emagrecem.

É preciso ir além das explicações aparentemente evidentes e interessar-se pelos avanços científicos atuais, a partir dos quais é possível raciocinar de outra maneira.

Entre as várias causas do aparecimento de excesso de peso ou de obesidade, os estudos identificam claramente:

- Erros alimentares (má escolha de nutrientes, incluindo excesso de álcool).
- Repetições de regimes (grandes restrições calóricas), fato que leva a um armazenamento compensatório.
- Desestruturação dos ritmos alimentares (inexistência de horários regulares para as refeições).
- Mudanças bruscas de hábitos alimentares (em especial entre imigrantes).
- Fatores ambientais (estresse, parar de fumar, medicamentos, estilo de vida).
- Sedentarismo (que diminui os débitos energéticos).
- Conforto “exagerado” – do qual nos beneficiamos em nossas sociedades (por exemplo, com o uso dos elevadores).
- Hereditariedade (não somos todos iguais em relação ao ganho de peso).
- Possíveis anomalias do funcionamento do nosso corpo (excesso ou insuficiência de secreções hormonais ou de mediadores químicos).
- Distúrbios de comportamento alimentar (boquinhas, bulimia).

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