Durante muito tempo, a obesidade não foi mais que um sintoma entre outros, que o médico observava junto com a palidez, a tosse ou as varizes …
Mas, de tanto ser tratada como um simples sintoma, a obesidade viu sua incidência aumentar e os epidemiologistas (ou seja, os estudiosos que analisam a difusão e a propagação das doenças) acabaram por acionar a sirene de alerta. Em 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou as conclusões de pesquisas sobre a obesidade; seus relatórios confirmaram que esta deveria começar a ser encarada como um grave problema de saúde pública. Chegou-se, então, a diversas conclusões:
A obesidade não deve mais ser considerada um simples sintoma e sim uma doença propriamente dita. Deverá ser até mesmo classificada entre as pandemias (termo geralmente reservado às epidemias infecciosas muito contagiosas). A preocupação que seu avanço desperta deve ser ainda maior porque as crianças, cada vez mais, também são afetadas pelo problema.
Ano a ano, crescem o número de mortes prematuras (devido às doenças cardiovasculares e a certos tipos de câncer relacionados a ela) e as complicações múltiplas (sobretudo os casos cada vez mais numerosos de diabetes).
Além das doenças que propicia, a obesidade coloca em perigo o bem-estar psicológico e social de quem sofre do problema.
Levando-se em conta a elevada porcentagem de obesidade na população mundial (causa da mortalidade e das doenças), ela é uma afecção que custa muito.
Os tratamentos atuais da obesidade oferecem poucos resultados eficazes. Portanto, é necessário optar por políticas preventivas que visem a populações inteiras, em especial às crianças.
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