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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Será que minha vontade de emagrecer não é influenciada pela mídia?


A mídia, mesmo defendendo-se desta acusação, tem grande responsabilidade pela mania de magreza que tomou conta da sociedade: o endeusamento das modelos, a glorificação do corpo esguio, a moda feita para as esbeltas. Ler uma revista feminina é trocar a realidade pela fantasia. Afinal, a realidade não ajuda “a vender”.

As reportagens sobre celulite, por exemplo, nunca mostram fotos de quadris afligidos por covinhas antiestéticas. Ao contrário: só exibem ancas lisas e firmes, sem aquela aparência de “casca de laranja”.

Por meio da imagem, as revistas sustentam o mito da perfeição, que joga com as inevitáveis deficiências das leitoras e as faz comprar este ou aquele “número especial sobre dietas”. Tanto na França quannto no Brasil, edições anuais dedicadas ao assunto costumam vender mais do que todas as outras.

Ademais, do ponto de vista financeiro, o tema é uma mina de ouro para as editoras e as agências de publicidade, tanto que ele se faz presente o ano inteiro, e, assim, novas dietas e fórmulas milagrosas vão se sucedendo.

Certas revistas resolveram contribuir para a luta contra o tabaagismo, evitando mostrar as modelos e estrelas de cigarro na mão, para não estimular as jovens a fumar. Publicações de moda também se commprometeram a não publicar mais fotos de modelos esqueléticas. Então, por que as revistas femininas e as revistas de saúde não se dispõem a prestar de fato um serviço a suas leitoras (e leitores) veiculando sobre o assunto apenas artigos aprofundados, com informações sérias? Algumas já tomam esse caminho, pois hoje é mais fácil encontrar entrevistas com médicos mais sensatos do que anos atrás.

Insistir no papo fútil sobre o excesso de peso só prejudica o traatamento de um problema que, por outro lado, é bem real: o da obesidade. Não esqueçamos que todo ano, na França, essa doença provoca diretamente 55 mil óbitos e indiretamente outros 180 mil, pelas commplicações a ela relacionadas. No Brasil, como já vimos, a obesidade ressponde por 80 mil óbitos por ano.

Um código de ética


Seria desejável que os meios de comunicação, ao falar do excesso de peso ou da obesidade, enfim se comprometessem a abordar o tema de modo sério, assinando, por exemplo, um código de ética.

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