A compulsão por doces é uma doença que afeta principalmente mulheres jovens e adultas, apesar de acometer uma parcela significativa da população, ainda é pouco estudada. É preciso entender que não basta ter uma vontade enorme de comer doces para o comportamento ser considerado patológico, existem características bastante específicas. Seu tratamento envolve uma equipe multidisciplinar e o exercício pode ser usado para combatê-la.
Comportamento compulsivo
São hábitos aprendidos, seguidos por alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. Ele se caracteriza por ser repetitivo e por se apresentar de forma freqüente e excessiva. Apesar do comportamento compulsivo gerar um alívio imediato, ele não trás prazer.
Compulsão por doces
A compulsão por doces é uma das variações do Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), você pode ler mais sobre esse transtorno que engloba a compulsão por qualquer tipo de alimento, sem tentativas de perda de peso como ocorre com o bulímico nervoso, clicando aqui.
Especialistas em nutrição baseados em estudos e entrevistas feitas com mulheres concluíram que a compulsão por doces está ligado à problemas psíquicos e orgânicos.
Sintomas
* Ingestão demasiada de doces.
* Em curto período de tempo (cerca de duas horas).
* Os ataques ocorrem ao menos duas vezes por semana.
* O problema persiste por pelo menos seis meses.
Causas
Uma das causas estudadas está relacionada ao desequilíbrio na produção da Serotonina, um neurotransmissor relacionado ao sistema de alerta do cérebro, com efeitos sobre o apetite.
A glicose carrega para o cérebro o triptofano, uma substância precursora da serotonina. A redução desse neurotransmissor causa mal humor e ansiedade e com isso a necessidade de obter algum tipo de compensação. Neste caso por doce.
O doce também é usado como forma de compensação durante nossa vida: o leite adoçado da mamadeira, o doce dado à criança, o bombom recebido do namorado. Ele adquire um significado afetivo na maioria das famílias, na falta do afeto busca-se o doce como forma de compensá-lo.
Vontade é diferente de compulsão
É importante observar que podem ocorrer episódios isolados que levem à ingestão descontrolada de doces, mas por não ocorrerem com frequência não podem ser considerados comportamento compulsivo. Neste caso a diminuição da serotonina também pode ser responsável.
Um bom exemplo são as alterações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual e que pode afetar a ação de neurotransmissores como a serotonina. Sabe-se que o chocolate também ajuda no aumento na produção desse neurotransmissor o que pode explicar o desejo específico por esse tipo de doce, em alguns casos.
Exercício no combate à compulsão por doces
Durante a prática de exercícios físicos o cérebro produz serotonina, o que leva à sensação de bem estar. Aumentando a concentração da serotonina seu organismo vai pedir menos doce, o que pode ajudar no controle da compulsão.
O exercício sozinho pode não ser suficiente para resolver o problema, nesse caso é preciso buscar ajuda do psiquiatra, do psicólogo e do nutricionista, para que seja feito um tratamento adequado.
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